ChatGPT, o chatbot da OpenAI, já é o aplicativo de consumo com crescimento mais rápido da história, batendo mais de 100 milhões de usuários ativos somente no mês de janeiro de 2023, além de estar sendo utilizado em diversas áreas mundo afora, como saúde, negócios, empresas de RH, educação.
De acordo com um relatório do banco suiço UBS, que faz referência à SimilarWeb, a inteligência artificial registrou cerca de 13 milhões de usuários únicos por dia em janeiro, apenas dois meses do lançamento, o que representa mais do dobro dos números de dezembro do ano passado.
A ferramenta, entre outras tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA), tem o potencial de mudar a forma como buscamos respostas no mundo digital e produzimos conteúdo, já que o chatbot é capaz de criar petições, produzir textos concisos, resolver problemas de programação, escrever poemas e até mesmo letras de músicas – e isso tem levantado também questões éticas e responsabilidade.
Para muitos especialistas, apesar de os avanços em inteligência artificial terem sido significativos, o ChatGPT ainda está longe de assumir o lugar de uma pessoa em termos de capacidade de compreensão e empatia – e pode ajudar ainda na estratégia de conteúdo.
Para que serve o ChatGPT?
O ChatGPT nada mais é do que um robô de conversação movido a inteligência artificial (IA) que utiliza a tecnologia de processamento de linguagem natural para fornecer respostas precisas e personalizadas.
Ele é capaz, por exemplo, de compreender, desenvolver e responder a uma ampla variedade de perguntas, direcionamentos e comandos em vários idiomas, além de ser facilmente escalável, podendo ser integrado em vários aplicativos e plataformas.
Na prática, isso quer dizer que ao invés de simplesmente fazer uma busca no Google, a ferramenta pode ser capaz de fornecer respostas mais elaboradas e específicas para suas perguntas, em vez de simplesmente mostrar uma lista de resultados de pesquisa que podem não ser diretamente relevantes para sua pergunta.
Como a ferramenta pode ajudar no desenvolvimento de conteúdo?
O modelo de linguagem avançado não apenas é capaz de ajudar programadores a criar e/ou desenvolver códigos complexos, resolver problemas, ou codificar, mas também pode ser uma poderosa ferramenta na elaboração de conteúdos – além de claro encurtar o tempo na hora da produção.
Ao ser treinado com um corpus de textos específico, o que significa que ele pode ser ajustado para produzir conteúdo que se ajuste a um determinado estilo ou tom de voz, o ChatGPT pode ajudar a economizar tempo e esforço na edição e revisão de conteúdo gerado manualmente.
Ou seja, além de produzir textos coerentes e naturalmente bem escritos (não havendo muitos erros de concordância, coesão, coerência, entre outros), ele ainda auxilia na criação de conteúdos ricos para blogs, redes sociais, e-mails marketing, artigos, livros, entre outras aplicações.
E isso tem chamado bastante à atenção do mercado. Ao produzir um texto, o ChatGPT é capaz de utilizar padrões e estilos para criar conteúdo natural e coeso, o que resulta em textos que parecem ter sido escritos realmente por pessoas.
Quais são os risco de usar o ChatGPT para produzir conteúdo?
O ChatGPT, como um modelo de linguagem automatizado, foi projetado para fornecer respostas e informações gerais em uma variedade de tópicos. Embora o uso da inteligência artificial (IA) possa ser útil para diversos propósitos, pode haver alguns riscos potenciais a serem considerados – e, às vezes, até mesmo plágio.
Segundo a BBC, em uma notícia sobre risco, falhas e dúvidas a respeito do chatbot, um dos principais pontos para tomar cuidado é justamente o roubo de informações disponíveis na internet. Como o ChatGPT, assim como outras inteligências artificiais, se baseia em conteúdos que podem ser encontrados na internet como notícias, livros, blogs e artigos, as suas respostas podem trazer ideias publicadas sem os devidos créditos.
Além disso, ChatGPT é alimentado por algoritmos de aprendizado de máquina que se baseiam em dados históricos para gerar suas respostas. Embora ele tenha sido treinado em uma grande quantidade de informações, não é infalível e pode não fornecer respostas precisas ou confiáveis em todos os casos.
O ChatGPT contribui para a desinformação?
O ChatGPT, assim como qualquer outro modelo de linguagem automatizado, pode ser usado como uma verdadeira ferramenta difusora de informações falsas e fake news na internet.
Isso ocorre porque esses modelos são capazes de gerar textos que parecem genuínos e convincentes – principalmente quando são orientados para isso –, mesmo que sejam completamente falsos.
Segundo uma pesquisa realizada pelo NewsGuard, uma plataforma que avalia a confiabilidade e a credibilidade de sites de notícias e informações online, por exemplo, a ferramenta de inteligência artificial (AI) ajudou a criar textos falsos, mas muito bem escritos e confiáveis.
O teste foi bem simples: foi pedido para a ferramenta escrever alguns textos contendo algumas mentiras, como produzir um pequeno artigo contando sobre a ivermectina, que é um medicamento utilizado para tratar algumas doenças causadas por parasitas, como piolhos e sarna, como um tratamento comprovado para a Covid-19.
O resultado foi um texto de aproximadamente 6 parágrafos muito convincente e repleto de informações falsas. Em cerca de 80% dos casos, a inteligência artificial trouxe respostas contendo desinformações.
“As respostas do ChatGPT às vezes foram tingidas com frases que os desinformadores costumam repetir, incluindo o imperativo de ‘fazer sua própria pesquisa’. Em questões de saúde, algumas respostas citaram estudos científicos que o NewsGuard não conseguiu localizar e parecem ter sido inventados. Outros apresentaram falsas alegações de COVID-19 sem observar o consenso esmagador da comunidade científica e médica”, afirma o relatório da NewsGuard.
Além do mais, embora os dados utilizados no treinamento sejam filtrados e limpos para remover informações incorretas e irrelevantes, pode ser difícil garantir a precisão e relevância completa de cada ponto de dados.
Autenticidade e diferenciação ainda não substituíveis
Para a Okre, a ferramenta é uma aliada para agilizar processos, mas ainda está longe de substituir um humano. O que parece estar em jogo cada vez mais é a autenticidade e diferenciação – dois conceitos cada vez mais importantes para o marketing em geral.
Saber o que perguntar e pedir a esse assistente vai ser cada vez mais essencial, assim como o senso crítico para avaliar o que de procede ou não em suas respostas. Nós, da Okre, enxergamos com otimismo essa evolução, que precisa ser usada com consciência e responsabilidade por pessoas e marcas.
Afinal, já estão falando sobre a possibilidade de cada marca ter o seu o seu próprio chatbot no website, facilitando a conversa com a marca e a busca por informações específicas.
Ou seja, podemos alimentar esse chat com tudo o que queremos e ele responde como um grande entendedor capaz de explorar os mais diversos assuntos sem a necessidade da busca cheia de cliques. Isso é fantástico!
A verdadeira diferenciação e valor para a marca virão da capacidade de fornecer conteúdo único e personalizado que reflita a proposta de valor da empresa. Já pensou em como a sua marca vai fazer isso?
